"O mundo precisa de histórias felizes."

"À medida que envelheço, presto menos atenção ao que as pessoas dizem; simplesmente observo o que fazem."

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Apresentação pessoal


    Meu nome é para quem ainda não sabe Gabriela Nunes. Tenho 28 anos, sou pisciana e espírita. Acredito que escrever um texto sobre apresentação pessoal é um desafio, mas um desafio bom. Saber escolher as palavras certas para apresentar este tão estimado personagem, saber selecionar cada característica para que, as pessoas que leiam este texto consigam captar a mensagem de maneira clara e justa, é tarefa difícil, uma arte, eu diria.  Tentarei então, concluir esta tarefa árdua e minuciosa de me descrever com algum êxito. Sem me fazer parecer boa demais ou muito menos dar a idéia de ser uma pessoa ruim, boba, fútil, vazia, convencida, prepotente, orgulhosa, mentirosa, fingida, cínica, bipolar, burra, e inúmeros outros defeitos que ninguém quer ter.
Sou de uma família humilde, fui criada pela minha querida avó, pessoa simples, sem letramento que conhecia a justiça e a bondade provenientes de seu próprio ser. Era uma filósofa. Ela me deu toda a educação que qualquer criança sortuda poderia ter, mas como toda boa criatura antiga, não fazia idéia de que a vida poderia ser mais do que casar e constituir família. Ela, no entanto, era uma pessoa a frente de seu tempo e sempre me dizia: “Estude, trabalhe e seja independente, minha filha!”. Assim o fiz. Completei o ensino médio, arrumei emprego. Um não, dois. Trabalhava 12 horas por dia e no resto do tempo dançava, no sentido literal da palavra. Considerava-me independente.  Assim, aos 19 anos, eu já tinha cumprido a meta da minha querida avozinha e, em seguida ela me deixou. Então tive de seguir o caminho, que julgava certo, com meus próprios pés.  A parti daí, começa uma nova história, a história de uma nova pessoa, que também sou eu. Esta Gabriela resolveu se casar e constituir família, sendo assim, engravidei e “dei a luz” ao meu filho Marcus Antônio. Minha terceira vida começava naquele dia. Depois do nascimento do meu filho, eu cresci, amadureci e mudei. Mudei tanto que jamais voltei a cruzar com a velha Gabriela. Iniciou-se em mim uma grande transformação ao qual, ainda vivo.  
E é a partir deste ponto que essa história tomará um compasso 6/8 e vocês acharão que eu corri para conseguir ficar entre as linhas solicitadas, mas o tempo é com certeza a ciência mais imprecisa e relativa e as fases da vida mudam tão de repente que qualquer um se lembrará de uma própria mudança de sua vida e me dará razão.
Tudo aconteceu “meio que junto” e não sei se tudo isso levou 8 ou 3 anos, mas o fato é que sendo uma outra pessoa, aprendi a deixar de ser. Deixei de ser a filha para ser a mãe, e assim, deixai de ser um pouco rebelde para ser muito responsável. Deixei de ser empregada e tornei-me empresária, deixando assim de permitir que coordenassem minha vida e passei a administrá-la. Deixei de sonhar e comecei a cantar e cantar e cada vez mais cantora sou. Deixando assim meu eu inseguro um pouco de lado e expondo-me. Deixei de ter medo e prestei vestibular. Deixando assim, de crer que graduação é para poucos. Deixei para trás tantos velhos conceitos que havia pegado emprestado para adquirir os meus próprios.
E assim, aprendi que na vida a única verdade é a evolução e não a morte como todos costumam dizer. A morte é conseqüência isso sim. Aprendi que a vida não é só um pegar coisas, adquirir, conquistar...mas também um deixar, abandonar, renovar.
E agora, eu aqui, escrevendo essas linhas, resumindo a minha história estou buscando me apresentar, mostrar quem eu sou através das minhas ações e não de meros adjetivos.
Adjetivos são precisos demais. Eu sou imprecisa. Adjetivos definem. Sou Indefinível.
Busquei através das minhas escolhas, tornar-me uma pessoa melhor e creio estar no caminho.
Crescer, evoluir, Ser. Essas três palavras resumem o que eu quero e conseqüentemente, quem sou.

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